No Brasil atual, vivemos momentos tão
esdrúxulos e difíceis de assimilar e compreender que os cidadãos passaram a
reverberar seus posicionamentos revoltosos das mais diversas formas possíveis.
Nunca a questão da invasão de competências
entre os poderes constituídos, passou tão claramente a demonstrar uma disputa
de poder, transparecendo para uma parte da sociedade que a maioria dos
integrantes dos poderes legislativo, judiciário e executivo, desconhecem o
conteúdo da nossa Constituição Federal.
A exacerbação de competências pelos
integrantes do Poder Judiciário, especialmente o Supremo Tribunal Federal (STF)
ao exarar decisões favoráveis a contumazes "infratores da lei",
rotineiramente, criou uma reação natural da sociedade avessa ao que se tornou
costumeiro e de forma lamentável, durante os governos do partido dos
trabalhadores.
Com a mudança e eleição de um novo governo, com
novos paradigmas e novos direcionamentos, a corrupção que havia grassado e
entranhado em significativos setores dos poderes constituídos da República,
passou a ser combatida de forma veemente, até porque esse viés, foi uma das plataformas
de campanha do candidato vencedor do escrutínio para ocupar a presidência da
república; destarte, até o presente, é confortador não se ter conhecimento de
ocorrências de corrupção no atual Poder Executivo Federal.
Como outrora, era usual, aproveitando-se do
fato de uma decisão controversa onde o STF determinou que a execução das ações
de combate à Pandemia COVID-19 que assola o planeta, caberia aos gestores das
unidades federativas (Estados e Municípios), retornamos ao conhecimento de
ações nefastas que haviam diminuído, quando em algumas esferas de poder
estaduais e municipais, passaram a ser alvo de diversas operações desenvolvidas
pelos órgãos de controle: Tribunal de Contas da União - TCU, Controladoria
Geral da União - CGU, Ministério Público Federal - MPF, Polícia Federal - PF,
etc, em razão da forma acintosa como tais crimes Lesa Pátria voltaram a ocorrer e como sempre, prejudicando
significativas parcelas das populações menos favorecidas, pois, embora o governo
federal cumprindo o seu papel, destinando significativo volume de recursos
públicos à diversos setores sociais e da saúde, aproveitaram-se autoridades
para retomarem a dar fôlego ao câncer da corrupção.
A par de tudo isso, de forma perceptível, a
sociedade brasileira, mais consciente, passou a acompanhar de forma mais
efetiva as ações desempenhadas por todos os entes sociais e por conseguinte
passou a cobrar ações efetivas no combate da corrupção.
Em sua esfera de atribuições, o Poder
Legislativo, com representantes e dirigentes de suas duas casas: Senado Federal
e Câmara dos Deputados, respondendo a investigações pelo cometimento de
delitos, juntamente com um significativo número de colegas de parlamento, aproveitam-se
do imoral albergue que ainda lhes concede a imunidade
parlamentar, digladiam-se com o representante do Poder Executivo, em razão
da postura deste, contrária aos interesses espúrios defendidos.
Ademais, algumas esferas do Poder Executivo,
oriundos de gestões anteriores, principalmente nos Estados e Municípios, ainda
remanescentes em cargos de segundo e terceiro escalão, não substituídos,
prestam-se ao papel da contrainformação, acreditando ainda no retorno de um status quo já não mais aceito pela
população brasileira que seria um verdadeiro retrocesso.
Por outro lado, a imprensa que em qualquer
democracia mundial, possui um preponderante papel social, desde que seja
imparcial e informativa, infelizmente, tem demonstrado um viés inconcebível,
pois, parte desta, beneficiada, outrora, com alto volume de recursos públicos,
exatamente por calar-se contra os desmandos e crimes cometidos por integrantes
dos poderes, nesta nova gestão governamental, sem oportunidades (exatamente por
não mais acontecerem), passou a desenvolver uma campanha odiosa, desprezível, levando
aos seus ouvintes, assistentes e leitores a ocorrência de fatos e dados
enganosos, produzidos, cinicamente editados, buscando convencer os menos
preparados no campo da compreensão dos fatos, atacando de forma sistemática a
maior autoridade do país, com o único objetivo de desestabiliza-lo e provocar a
possibilidade de um impedimento.
Assim demostra claramente para a sociedade
brasileira que ao longo dos tempos, os maiores conglomerados da imprensa
nacional, atualmente sem poder de barganha, vem experimentando vertiginosos
declínios de suas audiências e por conseguinte de suas receitas financeiras (estas,
antes potencialmente maiores quando eram oriundas de verbas públicas), obrigando-as
a dispensar funcionários ou associados com salários astronômicos e irreais para
o padrão de qualquer empresa séria, em uma tentativa desesperada de suportar o
pouco tempo que lhes resta para conseguirem os seus intentos.
Ficou evidenciado que esses impérios ao longo
dos tempos agiram e trouxeram prejuízos à sociedade brasileira, pois, o volume
de recursos que deveriam ser pagos em impostos, poderiam ser muito bem
utilizados em áreas sociais e carentes desse país.
Mesmo com as proximidades de renovações de suas
concessões, apostam tudo da forma mais torpe e vil, buscando a derrubada do
Presidente da República, em face das dificuldades que enfrentaram para
funcionarem regularmente de acordo com a legislação vigente.
Neste contexto, explicitadas as posturas das
autoridades dos poderes constituídos e do poder da imprensa, salta aos olhos que
o único momento em que ironicamente, a separação dos poderes da república
brasileira funcionaram é o atual, onde o cabo
de guerra nem vai para um lado e nem para o outro, evidentemente, guardada
as devidas proporções, pois a ocorrências de manobras espúrias que se
manifestam frequentemente vem a público, é apenas a ponta do iceberg propiciadas por aqueles que lamentavelmente não
permitem sequer um exemplo positivo para que a população brasileira possa
aplaudir, ainda mantém suas posições, em um país que tem que ser passado a
limpo.
São Luís – MA, 13 de agosto de 2020.