quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

SONHAR NÃO É PROIBIDO

Como já me posicionei, a internet é um vetor de conhecimentos fabulosos, pois permite que se acesse aos mais variados temas, produzidos e difundidos globalmente.
Com a crescente carência da ética e da moral, caracterizando uma verdadeira inversão de valores que estimulam a impunidade, vozes, tem se levantado contra essa inércia maléfica, principalmente daqueles que deveriam modificar situação tão aviltante, mas que continuam “deitado em berço esplêndido”, arriscando-se a passarem por esta curta vida terrena, coroado de aberrações ortográficas.
Num país de incontestáveis desigualdades sociais, estimuladas pela covarde prática do saque público, do toma lá, dá cá, e dos favores expúrios que enriquecem ilicitamente e proporcionaram às suas gerações futuras, viverem em situações nababescas em um verdadeiro contrasenso com o destino que as verbas públicas “surrupiadas” deveriam ser aplicadas.
Navegando pela Internet, este conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computadores interligados pelo TCP/IP que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados, segundo a Wikipédia, encontrei o tema acima, escrito por Alberto Dines do Observatório da Imprensa, o qual transcrevo, para que se propague, desperte as mentes ainda não corrompidas, antes porém destacando um pouco da biografia deste grande brasileiro.

ALBERTO DINES
Nascido aos 19 de fevereiro de 1932 (80 anos) no Rio de Janeiro, com quase 60 anos de carreira, foi agente das principais mudanças do jornalismo brasileiro e pioneiro na análise e discussão da mídia
Dirigiu e lançou diversas revistas e jornais no Brasil e em Portugal. Leciona jornalismo desde 1963, e, em 1974, foi professor visitante da Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia, Nova York.
Foi editor-chefe do Jornal do Brasil durante doze anos e diretor da sucursal da Folha de São Paulo no Rio de Janeiro. Dirigiu o Grupo Abril em Portugal, onde lançou a revista Exame.
Depois de anos driblando a ditadura à frente do Jornal do Brasil, foi demitido em junho de 1984 justamente por publicar um artigo que contrariava a direção do jornal, ao criticar a relação amistosa de seus donos com o governo do estado do Rio de Janeiro.
Escreveu mais de 15 livros, entre eles Morte no paraíso, a tragédia de Stefan Zweig (1981) e Vínculos do fogo – Antônio José da Silva, o Judeu, e outras história da Inquisição em Portugal e no Brasil, Tomo I (1992). O livro sobre Stefan Zweig foi adaptado para o cinema por Sylvio Back em 2002 no filme Lost Zweig. Alberto Dines também fala sobre Stefan Zweig no documentário do mesmo diretor.
Criou o site Observatório da Imprensa, o primeiro periódico de acompanhamento da mídia no Brasil, que conta atualmente com versões no rádio e na TV.
Atualmente é pesquisador sênior do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp, onde foi co-fundador, além de coordenar o Observatório da Imprensa on-line e pela televisão.
Informações extraídas do http://pt.wikipedia.org/wiki/Alberto_Dines, revista.brasil.gov.br/personagens/alberto-dines
O artigo foi publicado inicialmente em 16/10/11 no site: http://www.diariosp.com.br/blog/detalhe/477/Corrupcao+e+privilegios:

A Corrupção e os Privilégios
Elementar, nuclear, primal – a corrupção é o problema dos problemas, ponto de partida de todos os nossos vícios e malefícios. É a disfunção genética do Estado brasileiro que desvirtua, avilta, deteriora e perverte as melhores leis, instituições, costumes e intenções.
Os entraves que impedem o nosso progresso em todos os campos estão diretamente relacionados com a corrupção e a impunidade. Todos. Da indústria das emendas orçamentárias oriundas do Legislativo à indecente troca de cargos por votos, das nomeações de notórios incompetentes aos conflitos de interesses enquistados nos desvãos do poder público, do abuso do álcool ao volante (responsável pelas 50 mil mortes no ano passado) ao crescimento exponencial do narcotráfico e das milícias, das falhas da Defesa Civil às agressões ao meio-ambiente, da inoperância dos sistemas de fiscalização de serviços públicos às trapaças das licitações para concessões, tudo tem a mesma matriz e o mesmo DNA – a complacência com a imoralidade. A prevaricação é tamanha que chega a deturpar o próprio sentido das palavras e dos valores que representam.
Duas legiões
Lutar contra a imoralidade tornou-se opção arcaica, burguesa, reacionária, oposta à noção de modernidade e eficácia. E isso a tal ponto que dos 28 partidos políticos registrados até 27 de setembro de 2011, nenhum ousou desfraldar de forma ostensiva, inequívoca, a bandeira da luta contra a corrupção.
A 29ª agremiação legalizada, o Partido Social Democrático (PSD), engendrado pelo prefeito paulistano Gilberto Kassab, ofereceu como prova de sua universalidade – ou inapetência para compromissos – a promessa de que não será de esquerda, de direita ou de centro, porém não se manifestou a respeito da maior aspiração da sociedade brasileira: o império da decência.
Nem poderia, porque o próprio nome da sigla é uma tremenda fraude histórica, seu nome de batismo foi afanado, caso clássico de apropriação indébita. Sequestro clássico: a social-democracia – com ou sem hífen – ostenta um passado de conquistas sociais, humanas, políticas e éticas sem paralelo no mundo, sobretudo na Europa, com sólidas ramificações na América Latina, Oriente Médio, Ásia e Oceania.
Deturpar o passado, desvirtuar significados e assumir ostensivamente um comportamento enganoso, mesmo no plano imaterial, é indecoroso; a probidade deve valer em todas as esferas. Mesmo com o louvável intuito de confrontar esta excrescência política chamada PMDB, o logro recém lançado no mercado dos votos com o nome de PSD é injustificável. Só servirá para consagrar a promiscuidade e a galinhagem eleitoral cujo destino final é, sabidamente, a corrupção e sua dileta cria, a impunidade.
Os 20 mil indignados e idealistas brasilienses que na quarta-feira (12/10/11) esqueceram o feriado e manifestaram-se contra os corruptos e seus beneficiários não precisam ostentar propostas concretas ou programas definidos. Acreditam na primavera brasileira e isto é o bastante. Tal como os seus co-irmãos norte-americanos (principalmente novaiorquinos) que investem contra Wall Street, mas na realidade estão resistindo à anarquia do Tea Party. Acima e abaixo do Rio Grande, as duas legiões defendem o Estado decente, justo, isonômico.
As diferenças
Os grandes clamores populares que mudaram os rumos da humanidade nos últimos 500 anos não obedeciam a plataformas rígidas, arrumadas. Foram explosões de insatisfação que hoje podem ser canalizadas através das redes ditas “sociais” e da mídia tradicional. E se estas se mantêm acríticas, perplexas, aparvalhadas – como tem acontecido – convoque-se o magnata Warren Buffet que acaba de divulgar ruidosamente a sua declaração de rendimentos: pagou apenas 17,4 % de imposto, enquanto que, para seus empregados, a alíquota foi de 30%.
O magnata e social-democrata alemão Walter Rathenau, um dos pilares da falecida República de Weimar, também favorecia o imposto sobre fortunas. Foi assassinado pelos precursores do nazismo.
Está claro: o mundo clama pelo fim dos privilégios. A corrupção quer mantê-los.

A verdade está ai estampada, de forma cristalina e como disse incontestável, é esperançoso sonhar com as mudanças .

São Luís-MA, 23 de fevereiro de 2012.

Ten Cel QOPM Carlos Augusto Furtado Moreira
celqopmfurtado@hotmail.com – (98) 8826 4528

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