Pedro Ivo tomou assento em uma das cadeiras
na Academia de Letras Celestial. Embora sendo uma grande distinção a qualquer
mortal, como seu amigo, entristeci-me, porque assim, ele se despede da Academia
Maranhense de Ciências, Letras e Artes Militares (AMCLAM), uma de tantas
confrarias que ele fez parte no plano terrestre.
Comecei a me perguntar?
- Como farei agora, com as missões que lhe
repassava e que as executava com tanta maestria?
- Quem o substituirá no mister de buscar nas
suas amizades amealhadas ao longo de sua gloriosa vida terrena, a solução para
a resolutividade de ações e problemas que lhe eram apresentados?
- Qual poeta “vestido” de corpo e alma de
Soldado, nos emocionará na declamação de poesias?
- Quem irá nos provocar para associar a
imagem da AMCLAM às atividades em beneficiar o próximo? Tentando nos convencer
de que mesmo com papel cristalinamente respaldado em nosso Estatuto e Regimento
interno, a instituição poderia também ser prestadora de serviços comunitários?
Ah! Pedro Ivo! Me deixastes em uma “sinuca de
bico”, como popularmente chamamos, quando as saídas para determinadas ações a
serem tomadas são dificílimas.
Me recuso a aceitar essa troca.
- Como ficarão nossos projetos? E aquele de
publicar seu LIVRO DE POESIAS; já tinha te falado: um poeta de seu nipe, não
poderia deixar seus amigos e admiradores, ávidos de se emocionarem; pois, a
emoção, também faz bem ao coração.
Ah! Sobre a questão de retornar ao Rotary,
continuo refletindo com muito carinho – meu padrinho – e quem sabe, não volte
exatamente por ti.
Sabes Pedro, este distanciamento vai me
entristecer muito, porque tu sabes que és aquele Acadêmico com quem sempre
estamos contando, trocando ideias, avaliando inovações e é impossível
substituí-lo, porque as pessoas são únicas.
Mas volto a racionalidade. Está certo, é deus
quem define e toma a decisão.
Onde estiveres, me escuta, farei o seguinte:
vou conversar com a tua família, que a AMCLAM te prestará uma homenagem – vamos
publicar o teu LIVRO DE POESIAS.
Sabes Pedro, pensando melhor, tu não és
insubstituível, tu és incomparável.
Um dia quando me despedi de uma Unidade
Policial Militar que comandava, recebi uma homenagem que dizia: “Não existe
pessoas insubstituíveis, existem pessoas incomparáveis, porque pessoas não
podem ser substituídas, apenas sucedidas, como as notas de uma canção que
sucedem sem no entanto, substituí-las”.
Portanto, Pedro Ivo, tú serás sempre
incomparável e ficarás guardado em meu coração.
Sucesso aí no céu meu amigo.
São
Luís – MA, 04 de junho de 2020.
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