Amanhece e repentinamente as minhas
lembranças remontam à minha infância, algumas décadas atrás, quando ainda
frequentava o ensino fundamental, a época ensino
primário, o ano era recheado de datas festivas maravilhosas.
Especificamente, a semana da Pátria, se
iniciava nos primeiros dias de setembro, bem como os treinamentos para os
desfiles estudantis nos dias 05 (dia da Raça), 07 (Dia da Independência) e 08
(Aniversário da cidade de São Luís).
Eram momentos de alegria e orgulho para nós
estudantes e porque não dizer para os nossos pais que exultavam de satisfação em
nossas exibições.
Nestas oportunidades, a maioria dos
estudantes se esmeravam para brindar e empolgar a multidão que se apinhava nos
locais anualmente escolhidos pelo governo e prefeitura; vez na Praça
Deodoro/Rua do Passeio, vez na Rua do Egito/Praça João Lisboa.
Desde as primeiras horas da manhã,
significativo número de pessoas acorriam para garantir local privilegiado, em
geral, próximo ao palanque das autoridades e poderem assistir, visto que neste
ponto, eram feitas evoluções previamente treinadas para mostrarem o que podiam
fazer de melhor; na verdade era um importante espetáculo cívico.
Recordo-me de que os primeiros desfiles em
que participei pelo Colégio Municipal
Luís Viana, a concentração era de madrugada e do bairro da Alemanha nos
deslocávamos para o centro da cidade.
Posteriormente já no ensino médio, antigo ensino profissionalizante, frequentado
no Colégio Independência, a
concentração já era marcada diretamente no local que passou a ser no anel
viário.
No dia 07 ocorria também o desfile militar e
como filho de policial militar, após realizar o desfile estudantil, buscava
integrar o grupo familiar para poder assistir da Polícia Militar que tradicionalmente
encerrava o desfile e que era acompanhada pelos familiares até o Quartel da Rua
da Palma, onde ali era servido um lanche.
O tempo foi passando e dos desfiles
estudantis passei aos desfiles militares, pois, já no início da fase adulta
ingressei na corporação, por insistência do meu pai, assim passei a empolgar os
meus filhotes, primeiro como graduado – Comandante de Grupo, depois como
Oficial subalterno - Comandante de Pelotão, depois como Capitão - Comandante de
Companhia, depois como Oficial Superior - Comandante de Batalhão, depois como
representante da Corporação no Estado Maior Conjunto das Forças Armadas/Auxiliares
e finalmente no último posto, como Coronel, a participação passou a ser no
palco de autoridades.
Assim, a data da Independência do Brasil é
simbólica, sempre foi um momento vibrante, um momento de orgulho e que hoje me
traz muitas saudades das emoções vividas.
São Luís – MA, 07 de setembro de 2020.
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