05/03/2013,
depois de 32 anos, vem-me a lembrança como se fosse recente aquela ensolarada
manhã do dia 05/03/1981 quando juntamente com mais 135 companheiros, adentramos
ao Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP) percorrendo de joelhos
do portão das armas ao prédio da administração, para a nossa primeira formatura
marcando o início do Curso de Formação de Sargentos PM/BM “Turma Joaquim José
da Silva Xavier”.
Um
grupo misto integrado por policiais militares (cabos e soldados) e civis
buscando naquela oportunidade um ideal – pertencer à gloriosa Polícia Militar
do Maranhão.
Forjados
na disciplina, superando com nossos esforços as adversidades e obstáculos,
arraigando em nossas mentes um velho ditado de caserna – SÓ QUEM TENTA O
ABSURDO, CONSEGUE O IMPOSSÍVEL – chegamos a esta significativa marca, mais de
03 (três) décadas devotadas ao povo maranhense, espalhados por esse rincão.
Em
algum momento desse lapso temporal, fizemos história, cada um com as suas
experiências, traduzindo-se em excelentes serviços ao Estado.
Com
o passar dos anos os conceitos adquiridos tiveram que ser reformulados, as
mudanças passaram a ser imperativa, a época se modificou; a sociedade dinâmica
exigiu mudanças e conseqüentemente comportamentos foram adaptados as novas
realidades.
Como
ocorre em qualquer instituição, certamente na PMMA não poderia ser diferente, alguns
insistiram e insistem em manter um “status quo” que já não cabe mais na atual
conjuntura, fecharam-se às inovações, não aceitam as mudanças que imperam no
cotidiano moderno.
O
militarismo de mais de 30 anos atrás perdeu seu espaço, já não é mais cabível
na atual conjuntura, exige mudanças. A falta de uma participação acadêmica mais
efetiva nas faculdades e universidades para lhes povoar de conhecimentos
modernos, calcado nos debates e formulação de idéias e pensamentos, tolheram os
seus poderes de diálogos, retirou-lhes o seu fôlego persuasivo, fazendo-os agonizar
com as suas perdas.
Portanto,
o que agora devemos fazer é satisfazer a sociedade, é prestar-lhe um serviço de
qualidade, afinal de contas somos policiais do século XXI, fizemos um juramento
perante a bandeira do Brasil e pela nossa honra. Temos que cumpri-lo.
Melhoremos
a nossa gestão, deixemos de nos agarrar aos cargos, eles são passageiros, escrevamos
a nossa história pontuando-a como um grande servidor público (afinal de contas,
fomos nós que escolhemos essa vida espinhosa, mais sem sombra de dúvidas
nenhuma, gratificante), ofereçamos aos que nos seguirão uma corporação mais
leve, mais profissional, onde as relações entre seus integrantes transcorra em
clima de cordialidade, mais afinada com a sociedade; Honoré de Balzac, prolífico escritor francês, notável por suas
agudas observações psicológicas profetizou “Os governos passam, as sociedades morrem, a polícia é eterna”.
Essa
magnífica turma possui grandes expoentes que podem ainda implementar uma gestão
moderna, eficaz, eficiente e efetiva, como possuidores, podem colocar em
prática os seus atributos pessoais, de forma que envolvam todos os membros da
corporação, conscientizando-os a uma
participação mais ativa, mostrando a cada um o seu dever, sem contudo esquecer
dos seus direitos, pois o policial é diferente, segundo Stephen Charles Kanitz “Ser policial exige a rapidez de um executivo,
a coragem de um herói, o discernimento de um Juiz, o tato de um psicólogo”.
Assim congratulo-me com todos os integrantes
da Turma Tiradentes, oficiais e praças, em atividade ou na inatividade, vivos
ou “in memorian” não esqueçamos que
sonhamos um dia com uma polícia diferente.
São Luís-MA, 05 de março de 2013.
Ten Cel QOPM
Carlos Augusto Furtado Moreira
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