Vinte de junho de 2013, cerca de um milhão e duzentas mil pessoas de
mais de cem municípios, entre os quais moradores de mais de vinte capitais
brasileiras foram às ruas em passeatas para protestar contra todos os problemas
que afligem a população.
Movimentos organizados pacificamente e que convenceram famílias inteiras
a unirem-se pela busca de melhorias e contra os graves problemas nacionais,
rechaçaram de plano a participação de pessoas que conduziam bandeiras, faixas e
cartazes de partidos políticos e sindicatos, demonstrando de que o próprio povo
estava comandando suas reivindicações.
A cobertura televisiva mostrava as ruas cobertas de pessoas em coro uníssono
de paz, vestidos de branco com pedidos de dias melhores para todos, inclusive
para as populações vindouras.
Do outro lado, o aparelho estatal através das polícias acompanhou o
desenvolvimento das marchas, proporcionando segurança aos participantes em uma
simbiose visível a todos, momentos parcimoniosos e tranqüilos.
Entretanto, em todos os municípios onde ocorreram as passeatas, grupos
de marginais, infiltrados no meio do povo, à medida que as pessoas iniciavam
seus retornos aos seus lares, satisfeitos com a demonstração de civilidade,
passaram a promover pichações e uma onda de quebra-quebra e saques em
semáforos, vidros de prédios públicos e privados, lojas comerciais, agências
bancárias, ônibus e veículos em geral, lixeiras e placas de sinalização.
Com ordens expressas para não entrarem em conflito, as forças de
segurança – polícias e guardas municipais - foram em grande parte dos
municípios acuados e atacados com pedras, pedaços de paus, cocos d’água vazios
e restos de materiais descartados nas ruas, até mesmo os cones de sinalização
foram utilizados para a feitura de fogueiras.
Tentativas de invasão em prefeituras, palácios de governos e órgãos
públicos foram intentadas por baderneiros, quartéis, delegacias de polícia, cabines
de policiamento e até mesmo um Comando Militar do Exército (Leste) foram
atacados, obrigando que ações utilizando bombas de efeito moral, gás de
pimenta, evitassem uma desmoralização maior.
Feridos de ambos os lados foram verificados em vários locais e passaram
a exigir do governo uma postura tática que impeçam novos casos.
O direito líquido e certo da população protestar não impede o “Estado”
de também propiciar a segurança das demais pessoas e do patrimônio de um modo
geral.
Necessário se faz identificar marginais, prendê-los e processá-los
criminalmente a fim de que as autoridades não percam a moral que ainda lhes
resta e assegurar o verdadeiro estado democrático de direito da população
brasileira.
São Luís-MA, 21 de junho de 2013.
TEN CEL PMMA CARLOS AUGUSTO FURTADO MOREIRA
ANB Online░ ...................Agência de Notícias
Baluarte.................
PROTESTOS
PELO PAÍS! COM A PALAVRA, TENENTE-CORONEL FURTADO segunda-feira, 24. Ten Cel PMMA Carlos Augusto Furtado Moreira, mais conhecido como Tenente-Coronel Furtado, é um pensador da Segurança Pública do Maranhão com cursos de graduações e pós-graduações pelas principais instituições de Segurança do País.
Postado por Equipe Baluarte às 19:10
4 comentários:
24 de junho de 2013 22:56
Coronel furtado e esta violencia desenfreada a quem o senhor atribUI?
Aline Costa Santos-Ciencias Socias-UFMA
Ezequias Berredo disse...
25 de junho de 2013 00:14 O que me preocupa mais, não são esses vandalismos por parte de alguns oportunistas no meio de manifestantes, mas sim, essa violência gratuita que sofremos no dia a dia, pois temos que sair para trabalhar ou tratar de assuntos diversos e não temos a certeza de que não vamos ser encontrados mortos por aí. A segurança é um dos temas que nós manifestantes levantamos e onde exigimos sua eficiência como direito garantido. Não sou a favor do vandalismo mas também não sou favorável à situação de risco em que o cidadão e trabalhador se encontra. Temos muito que mudar e muito que lutar.
Ezequias Berredo
Anônimo disse...
25 de junho de 2013 00:40 Esse comentarista sempre fazendo bons comentarios, valeu Berredo, o senhor comenta com propriedade- é isso ai companheiro.
Gessé Nunes Pinheiro Vila Roseana
Ten Cel PMMA Furtado disse...
28 de junho de 2013 11:06
Aos comentaristas.
Suas observações são oportunas e próprias. O Estado
Brasileiro tem sido complacente com o problema da criminalidade e da violência
por diversos fatores, desde a falta de instrumentalização dos órgãos de
segurança (entenda todas as polícias), principalmente no seu maior cerne -
falta em quantidades suficientes do material humano, falta de um treinamento
constante (exatamente pelo efetivo diminuto que tem que ser empregado e não há
tempo para reciclagens), política de valorização aos integrantes dos órgãos
(salarial, ascenção profissional nas carreiras, política interna motivacional,
carência de líderes e bons exemplos, oferta de equipamentos modernos e em
quantidade suficientes, folga constitucional e outras). Em particular, na
Polícia Militar do Maranhão - falta de incentivos para a oxigenação
institucional (para terem uma pequena idéia, hoje me encontro com 32 anos de
serviço, ultrapassando mais de 02 anos do tempo necessário segundo a legislação
em vigor para me transferir para a reserva remunerada (aposentadoria) e de uma
certa forma impedido de solicitar me afastamento do serviço ativo, porque se
assim o fizer, serei penalizado com a perda de cerca de 30% do meu salário
atual). Evidentemente outros fatores contribuem sobremaneira para os altos
índices de criminalidade e violência, legislação brasileira que permite ao
criminoso cometer delitos e mesmo processado e encarcerado, voltar ao convívio
social com grande probabilidade de voltar a delinquir; sistema penitenciário
ineficaz no que tange a ressocialização, em total colapso quanto ao número de
presos e vagas existentes, programas sociais que não atingem seus fins,
servindo como estímulos ao ócio, vícios e cometimento de crimes; penalização
branda; maioridade penal contraditória aos modelos mundiais; falta de políticas
públicas que proporcione mais trabalho; sistemas de educação e saúde precária e
falidos; infraestrutura deficitária; políticas nacionais relacionadas ao
tráfico de drogas e aos drogaditos incapazes de diminuir os índices, ao
contrário, aumentam diariamente em proporções além da capacidade dos órgãos
institucionais; enfim, modelos ineficazes, ineficientes e inefetivos.TEN CEL FURTADO
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