É sabido que “Associação” é uma
organização resultante da reunião legal entre duas ou mais pessoas, com ou sem
personalidade jurídica, em busca de um objetivo comum - satisfação das
necessidades individuais humanas (nas suas mais diversas manifestações). Neste
contexto a expressão “Associativismo”
enquanto forma de organização social, caracteriza-se pelo caráter da voluntariedade.
Evoluindo em nosso entendimento vamos
chegar as “Entidades de Classes”, definidas como sociedade de empresas ou pessoas com
forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, sem fins lucrativos e
não sujeita a falência, constituída para prestar serviços aos seus associados,
tendo em comum a gratuidade do exercício de cargos eletivos.
Ao passear pela historiografia vamos
encontrar vestígios de que os primeiros movimentos associativos humanos
ocorreram na antiguidade romana e na Idade Média, onde as “Corporações de
Ofício” unia a massa operária para a defesa dos interesses profissionais e
direcionar de modo organizado, a luta por melhores condições de trabalho e de
vida. Seus diretores eram conhecidos como síndicos, daí surgindo a palavra
sindicato.Marcadas por uma história de luta as associações acabaram sendo suprimidas no século XVIII, passando então a subsistirem na clandestinidade, entretanto, no ano de 1824 na Inglaterra vão surgir os Clubs e Friendly Societies que vão dar origem as associações e sociedades nos moldes atuais.
No Brasil a organização de empregados e empregadores em Entidade de Classe surge nos anos 50, onde os direitos de “Associação Sindical” só vão ser assegurados na Constituição de 1967, mesmo sendo os movimentos classistas perseguidos, a partir de 1964 no governo militar.
Na atualidade – época de grandes desafios, as Entidades de Classe ocupam papel preponderante junto à sociedade, vez que desempenham papel importante no desenvolvimento do país, tornando-se foro de defesa do interesse de segmentos.
Sem sombra de dúvidas, a participação e o empenho de todos na busca em atingir os objetivos comuns é imperativa, pois, somente o espírito associativo dos associados, a disponibilidade, a dedicação, a partilha de valores comuns é que fortalecerão cada vez mais a vontade e o orgulho em integrar uma associação forte pautada principalmente na união e no senso comum.
Como já frisei uma associação, é formada por decisão voluntária, procurando sempre a satisfação dos objetivos que atendam as suas necessidades, ou seja, são criadas para valorizar o profissional, para defender a sociedade, sendo assim é de cabal importância as ações de associativismo que contribuirão com o desenvolvimento, sendo mister que seus integrantes conheçam seus direitos e deveres, mas, sobretudo, os valores e princípios de sua entidade.
Nem sempre o trabalho desenvolvido colhe de imediato os frutos, assim, às vezes, torna-se necessário a mudança de estratégias, reanálise das situações, alternância de dirigentes, arrebanhamento de novos valores, persistência nos percalços, ou mesmo o repensar de ações.
O importante é não desistir da luta.
Ao ser convidado pela ASPOM (Associação dos Policiais Militares de Timon-MA), na pessoa de seu dirigente Soldado Leite, para participar do X ENERP (Encontro Nacional de Entidades Representativas de Praças Policiais e Bombeiros Militares – de 17 a 19Abr13 em Salvador-BA), submetendo antes as nossas credenciais a ASPRA-BA (Associação de Praças do Estado da Bahia) para discutir a proposta de uma nova arquitetura institucional para a gestão da segurança pública desmilitarizada, há uma cristalina demonstração do significativo papel hoje ocupado por estas entidades de classe na construção de um novo modelo.
Palestrar sobre a DESMILITARIZAÇÃO ao lado de importantes autoridades nacionais que também apresentarão temas palpitantes e similares, é a oportunidade de colocar o Estado do Maranhão na vanguarda das discussões, quebrando paradigmas, onde no passado ficávamos apenas na retaguarda aguardando as decisões para cumpri-las.
Destarte, honra-me muito, a deferência e a confiança depositada em meu nome, a qual retribuirei veementemente com os humildes conhecimentos adquiridos nos estudos já realizados.
Não tenho informações em como andam as discussões em nível dos oficiais no Brasil afora, mas, a iniciativa das praças por si demonstram que o diálogo e a discussão acadêmica são sem sombra de dúvidas, o caminho viável para as necessárias mudanças a serem implementadas visando alcançar uma sociedade mais justa e igualitária.
São Luís-MA, 10 de abril de 2013.
Ten Cel QOPM Carlos Augusto Furtado Moreira
www.celqopmfurtado.blogspot.com – (98) 8826 4528 – 8138 2760
Especialista em Gestão
Estratégica em Defesa Social (UFPA), Bacharel em Direito (UNICEUMA), Licenciado
em História (UFMA), Superior de Polícia (IESP), Aperfeiçoamento de Oficiais
(PMPA) e Formação de Oficiais (PMMG).
Nenhum comentário:
Postar um comentário