Ao ser homenageado pela Academia de Letras
dos Militares Estaduais do Paraná (ALMEPAR) neste último dia 30/08/2019, fui
questionado pelos presidentes dos Sodalícios Militares (ALMEPAR, ALMESC, ABRIL
e outras associações paranaenses) o porquê de civis integrarem a Academia
Maranhense de Ciências, Letras e Artes Militares (AMCLAM).
A resposta foi quase que automática: ao longo
da nossa carreira no oficialato da Polícia Militar do Maranhão (PMMA), convivi
com várias personalidades que prestaram relevantes serviços à Corporação.
Alguns desses com habilidades nas ciências sociais e literárias.
Ao resolver colocar em prática um sonho
adormecido por algumas décadas - a fundação de uma Academia de Letras -
lembrei-me dessas personalidades, tal como dos artistas (músicos, compositores,
artistas plásticos, desenhistas e outros) que extremamente hábeis em seus
misteres destacavam-se entre tantos. Razão que me levou na condição de
idealizador a convidá-los para participarem da Academia.
Passada a euforia da homenagem e conversando
com o Procurador Teodoro, futuro integrante da AMCLAM a tomar posse, escritor
independente, autor de 5 livros publicados, passei a identificar mais
detidamente os fatores relevantes que todavia ainda cabiam na resposta ao
questionamento dos meus confrades presidentes.
A integração entre militares e civis se
completa a medida em que conhecimentos e habilidades de ambas as partes se
complementam e fortalecem as atividades desenvolvidas.
Relevância também possui as diversidades que referidas
personalidades desenvolvem em suas áreas de atuação e nas instituições que
operam.
As formações acadêmicas que enriquecem os
conhecimentos muita das vezes ampliados em outras áreas.
Não obstante os militares atuais possuírem
formações acadêmicas e profissionais que os diferem de seus contemporâneos de
outrora.
A AMCLAM foi privilegiada com o ingresso de
um desembargador federal, um procurador de justiça estadual, um promotor de
justiça estadual, três professores universitários e um funcionário público
federal, em sua maioria aposentados.
Em breve mais três civis: um procurador de
justiça, um promotor de justiça e um advogado reforçaram o quadro de
Acadêmicos.
Agregue-se a relevância de suas
participações, a maioria dos acadêmicos civis já publicaram livros, propiciando
uma carga de experiências altamente positivas e contribuidoras que sem sombra
de dúvidas incentivarão os colegas militares.
Ademais, a presença de confrades civis,
propiciam um clima de camaradagem, amizade e respeito, vez que ameniza o rigor
regulamentar e ordeiro da caserna.
A missão dos militares como operadores de
defesa social visando atender a toda sociedade, perpassa pelo respeito aos
direitos humanos, defesa dos menos favorecidos e das minorias e se conflui com
os misteres desempenhados pelos operadores do direito e da educação.
Destarte, a presença de acadêmicos civis em
uma Academia Militar como a AMCLAM certamente estimulará as suas congêneres no
país a abrir seus estatutos e regimentos internos e experimentarem a riqueza
que um relacionamento entre civis e militares pode proporcionar as ciências, as
letras e as artes.
Curitiba/PR, 01 de
setembro de 2019.
Carlos Augusto Furtado Moreira
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