Ontem
retornamos no tempo.
Voltamos
aos agradáveis e saudáveis tempos da Confraria Espaço Luso Brasileiro quando na
"Loja do Camões", reuníamo-nos aos sábados para horas de bate-papo,
jogar conversa fora, falarmos besteiras ou exorpilarmos, mas, objetivo
principal mesmo, era tomarmos os nossos aperitivos de final de semana e
deliciarmos aquele almoço "típico de bar", que variava a cada final
de semana com um cardápio diversificado.
Uns
iam mais cedo às 11h00 e antes das 13h00 já se dirigiam às suas casas para não
contrariarem suas consortes, outros, as levavam, até para mostrar que o único
fim, era reunir com os amigos; e assim ganhavam créditos para comparecerem em
outros finais de semana sozinhos e poderem esticar até à noite.
Quantas
vezes, alguns saiam as 18, 19, 20, 21, 22h00 ou mais?
Quantas
vezes aquele lugar sagrado da boêmia reunia "cantores, músicos,
dançarinos, etc"?
Quantas
vezes recebemos visitas ilustres de personalidades políticas, acadêmicas,
importantes ou mesmo anônimos, que por uma razão ou outra tinha a oportunidade
de ser convidado ou acompanhava algum Confrade que por uma razão ou outra
encontrava antes de se dirigir para a Confraria?
Ah!
Que saudades daqueles bons tempos idos onde em alguma oportunidade
encontrávamos pessoas de todas as classes sociais, de uma gama variável de
profissões e entre um trago e outro questões às vezes insolúveis era resolvidas
nas mesas da Confraria: uma consulta medica; uma pendência jurídica; um
problema educacional; um dor de cabeça com o veículo; enfim, onde ajudado pelo
álcool e amizade tudo era solucionado.
Chegamos
a um nível de organização tal que até "camisa identificada tínhamos,
providenciada por Ribinha, irmão do eterno presidente Camões; escolha do
cardápio de final de semana, organizado por Maria José, a logística resolvida
entre o presidente e Pé de Black (que era vigia, garçon, segurança e etc); até
as finanças tiveram seus dias de glória, com a organização das contribuições
mensais por alguns Confrades, organizadas por mim, vez que notei que o
presidente com a amabilidade de manter semanalmente o encontro, tirava do seu
próprio bolso, os recursos para a viabilização do grode e dos tiragostos nos
anos iniciais.
Vários
foram os CE QUE SABE(festas de confraternização nos finais de ano, realizadas
em locais diversos.
Mas
como tudo o que é bom dura pouco, os dias e anos gloriosos da Confraria ficaram
para trás, somente nas lembranças daqueles que viveram e conviveram.
Como
tudo é finito, posteriormente vieram os questionamentos, o que fez com que a
Confraria acabasse?
Certamente
várias justificativas poderiam ser elencadas: A lei seca; um posicionamento de
algumas senhoras que já não podiam contar com seus maridos aos sabados
Confrades; mudança de local dos grode de final de semana; não sei.
Posso
lhes dizer que foi um maravilhoso período de minha vida que ficou para trás.
Entretanto,
fiz esse resumo para retratar uma figura ímpar desse maravilhoso grupo
Francisco Giusti, aquele grandalhão que era uma espécie de conselheiro, de
consultor, de presidente de honra, de quem dava o toque final em tudo o que se
planejava, afinal entre tantos boêmios, ele era um menestrel, um bom vivant,
que entre médico e um baita de um ser humano, era um grande amigo.
Ontem
eu, Camões, Moraes, Paulo Neves e Totonho, bebemoramos as boas lembranças, de
bons momentos que com ele desfrutamos.
Nobre
Giusti, onde que que estejas, saibas que deixou saudades.
Como
disse Moraes entre tragos e Tim Tim Tins: tu furastes a fila.
São
Luís, 08 de junho de 2019.
Carlos Augusto FURTADO Moreira
Pres. da Academia, Maranhense de Ciências, Letras e Artes
Militares (AMCLAM).
Nenhum comentário:
Postar um comentário