DIA DOS AVÓS

A data é comemorativa ao Dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria, avós de Jesus Cristo, razão porque não haveria dia mais apropriado para homenagearmos nossos avós.

Muitas pessoas vêem em seus netos, a continuação de sua prole e, portanto, sentem a alegria da continuidade de sua existência, através destes, seu nome se perpetuará.
Quisera que todos os netos tivessem a compreensão e a dimensão de que seus avós representam em suas vidas, pois, sem estes, consequentemente e logicamente haveria a interrupção das gerações.

Se os pais não considerarem a importância que seus pais possuem, não podem repassar aos seus filhos a importância que possuem os avós.

São ciclos de vida, gerações que se seguem.

O homem une-se a mulher e dessa união vem os frutos - os filhos, que desde o ventre materno recebem a alegria, o carinho e as emoções da perpetuação.

Os afetos, os cuidados e os direcionamentos são ofertados aos filhos; entretanto, eles crescem e seguem os seus caminhos e as suas próprias convicções. Formam suas famílias e o ciclo da vida se repete, só que desta vez, enternecidos em saudades do tempo que passou, da algazarra, do corre-corre, da gritaria e da vida outrora de um filho em casa.

A chegada de um neto faz com que os avós rememorem tudo o que passou, ansiedades, preocupações, surpresas, alegrias, orgulho, emoções que voltam novamente. É a vida revivendo os bons tempos em que os filhos ainda precisavam de cuidados e proteção, pois, embora a sensação do dever cumprido esteja presente, os bons tempos de outrora, aflora um sentimento de que ainda há algo por fazer e é neste momento da vida, que o ciclo recomeça.

É a alegria do amor filial redobrado.

Sentimentos nobres nos fazendo ver que Deus é perfeito e na sua onisciência, onipresença e onipotência nos apresentam os nossos netos.

Passamos a acompanhar e a vivenciar tudo aquilo que nos deixou saudades, desde o pulsar de um coraçãozinho no ventre da mãe, até o momento em que se tornará adulto e recomece um novo ciclo, só que desta vez, vivenciaremos com mais intensidade os primeiros cuidados, os primeiros passos, a fase escolar e teremos um cuidado maior de orientar e participar na moldagem de um grande caráter. Envelheceremos, desfrutando da alegria de dar continuidade à uma linda história de amor.

Só quem teve a felicidade de chegar a este momento, pode entender e compartilhar dos prazeres que este período nos permite, ser vovô ou vovó.

Entretanto, por mais que não estejamos juntos, temos a certeza de que a vida sorriu para os nossos netos e é no recôndito da alma que sentiremos a convicção de que vivemos a vida e procriamos a nossa continuidade.

São Luís/MA, 26 de julho de 2017.

Carlos Augusto Furtado Moreira